sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

nossos dramas

de-me a prosa,
boas risadas, dos problemas
e ainda sim começar
sem participar a rima
ou o por do sol contracenar

sussure seu dia
e falemos alto da vida alheia
e cantemos a bohemia
a melancolia e nossos dramas

vamos correr atras da vida
da boa vida e fugir
fugir dos problemas
e dos nós mesmos

continue comigo
o mais tolos dos atos
e ainda sim, serei
por todos os dias
o mesmo...

domingo, 16 de novembro de 2008

curta

não quero nem saber
muito menos que me digam
que não sei

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

curta

There is no spoon, but
there is always hope

Curta

Dê-me de beber,
mas não mate a minha sede
nem os meus sonhos.

custo alto

sejam certos como a morte
os bons dias e a alegria
como a nossa frustração repentina
o gostoso abraço que ficou distante

que seja meu o medo
e que seja minha a vida
como o sofrimento
abundante também seja a sorte

como um custo alto
distribua beijos e sorrisos
e como o que nunca te darão
de o amor e também um norte

Curta

o leve azul e o verde
e o reflexo do sol
me inunde por si só
refresque minha inquietude

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

curta

o perfume seu
e o gosto
o sal da pele
e os opostos

sábado, 1 de novembro de 2008

Menos do mesmo

Sejam os meus e os seus
os melhores dias
ainda que poucas
nossas sejam as horas
mesmo sem caber no dia

Que tenhamos mais sem sobrar
e que sobre o que se pode dar
menos do mesmo
e muito do que é novo
pra todo mundo repetir

Espere muito
pela felicidade,
justiça e o amor
divida a vida
mas escolha o vinho

terça-feira, 28 de outubro de 2008

curta

pare e pense...
você poderia fazer
outra coisa e pensar

todos os grupos

vem você comigo!
faça você, do seu jeito
acabe seus quadros
ponha o pé no chão
e ande firme o seu caminho

solte-se e respire fundo
e olhe sem pressa o mar
o impar e o par
todos os grupos
e o solitário

confunda-se
com a profundidade
do inesperado, do nú
e torne-se alvo
faça parte do grupo
de todo mundo
que se acha diferente

terça-feira, 21 de outubro de 2008

curta

não foi o meu sono
que me venceu
foi WO

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

o medo

fecho os meus olhos e salto,
sou livre, salto, deixo o medo

quero a surpresa e a sorte,
o abraço e o beijo
quero acreditar, e vou
e só quero ver o fim

deixe que os outros vejam
e desejem o mesmo
mesmo sem coragem
ou a loucura e a dor

depois de ver o fim
é que vemos o começo

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

curta

viva à vontade
mas, sob controle

terça-feira, 7 de outubro de 2008

deixe

venha comigo
com pinceis e tintas
tinta fresca, muita cor
que não secam muito rápido
e não se perdem com o tempo
deixe o vento espalhar a cor
e o calor secar
e o tempo fazer disso
nossa história

curta

saiba que eu irei
até o infinito
até a inquietude
e irei talvez por engano
ou por meu heroi, que
acordou hoje depois das 11h

domingo, 5 de outubro de 2008

curta

vida, simples, perfeita e burra
previsivelmente repentina
cotidiana e rotineira
nunca te entenderei

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

curta

eu não sei
onde eu vou chegar
mas eu sei
pra onde eu vou

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

desde que

que se vá as horas
com suas pernas curtas
e passos apressados
desde que me deixe
aqui a procurar-me

que se esconda o medo
que fuja a morte
e que eu tenha sorte
ou um sorriso simples
sem nenhum segredo

te admiro sim
com muito apreço
sem alvoroço
ou descanso
nem apreensão

terça-feira, 30 de setembro de 2008

curta

não precisa ser eterno
basta durar o tempo
que a gente quer

não tenho

meu é o amor e só
meu é o suor e a dor
meu é a água, a sede
e o mar

meu é o chão
a falta da chuva
e a erosão

meu é o canto livre
o protesto e a prosa
meus são os dias
e o fim dos mesmos

meu é o que vejo
é o que não tenho
e o que eu quero
para que seja, desejo

darei
como de graça é o ar
o que é meu, que
nem sei porque me deram

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

curta

seja meu e o seu
e não o nosso
mas não o ócio
nem a ansiedade

simples

passeiam passos
perdem-se os meus
procurando seguir
e encontrar

desvia o olhar
o olhar afoito
e o desejo

o pequeno espaço
dificulta a fuga
e encoraja

simples,
inesperado e certo
o vento desenha
e o vento traz
o desejo

terça-feira, 16 de setembro de 2008

olhe bem

olhe bem de perto
friamente, olhe
estou nu, sem rótulos
sem as piadas
e sem o coringa
que não veio
não jogar comigo
mas a vida me acompanha
com um bom vinho
e taças de cristais
os guardanapos são
para deixar a boca limpa
e a boca para alimentar
alimentar o ego, e matar
enquanto te olha bem de perto

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

infinito

abandonado céu
o escuro é o seu par
e o silêncio a companhia
que o sopro sustenta
em uma imensidão que me abraça
me aproximo devagar ao infinito
somos iguais, por sermos
muitos em um todo
pequenos pontos reluzentes
pequenas porções e nada

curta

um sonho é maior
que um pão de queijo

curta

eu só queria dormir tranquilo
mas sem esquecer o mundo

terça-feira, 9 de setembro de 2008

você sou eu

você sorri porque isso é bom
e íntimo, se for a dois
você sabe do gosto do beijo
do sabor da boca e do cheiro

da intensidade do toque
e do anseio do desejo
do calmo e do último, suspiro
da temperatura da voz

do toque e do calor da pele
do frio do pé e do aconchego
dos dois lados do corpo
e da carne e do espírito

do lado fraco e forte
do frágil, do imbatível e o palhaço
dos olhares que causam arrepios
aos de desconfio

você sou eu
do lado de fora de mim
e aqui dentro, o amor

verde e seco

seus ares me levam
com ventos fortes e seguros
ainda sim temo, a coragem
não quer que meus olhos se abram

paisagens rápidas se fixam
num horizonte que se aproxima
pincelados pelo verde e seco
e o arame farpado

o cheiro da areia
o mato, o céu e eu
pedalados pelo calor
no embalo da historia
e na louca aventura

domingo, 7 de setembro de 2008

curta (criatividade)

a música me acompanha
contando minha história
nos conpassos e pausas
que eu mesmo faço

Nem um, nem dois

não decidi nada
por livre escolha
nem vou deixar barato
só porque é de graça

me convide, mas não espere
que eu vá rir das suas piadas
veja se estou na esquina
de qualquer uma de suas praças

nem um, nem dois lamentos
nem os seus e nem os meus
complete a minha frase
mas seja você sua escolha

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

mais do mesmo

"meu inconsciente é quem me conhece,
eu é que não o conheço muito bem"

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

curta

não me leve a mau
e nem me leve
perdoe meus defeitos
mas não minhas atitudes

leve

mova-se,
sinta-se solto e dance
e seja par
beije-me, me ame solto
e seja ímpar
leve-me, leve
e nos teus braços me ensine
erga-me e me carregue
para que eu aprenda
a me mover,
a viver sem medo
e ser seu par.

sábado, 23 de agosto de 2008

descalço

me avise,
ou seja minha intervenção.
não seja minha a sua pausa
nem meu o seu suor, nem as lágrimas

não ao amargo e nem ao muito doce
nem ao sem sal
nem a falta de sabor da água
mas sim a sede que ela mata

a sombra ainda sim morna
e o ar seco apressado
e a folha seca
descalço se sabe como é

a sede do chao e da alma
e o seu e o meu sonho
nossa coragem, nossa história
e o calo nas mãos

domingo, 3 de agosto de 2008

nem precisa...

Do muito quero tudo,
Dos quatro cantos do mundo,
Quero as surpresas das certezas,
E os mistérios, e toda a beleza.
Quero mais!
Mesmo que em pequenas doses,
Ou com pouco açúcar.
Sonhar nunca é de mais
e nem tudo precisa ser Diet...

Ando

Vivo, somente vivo
Ando sempre pra frente,
Mesmo que volte
Para o lugar de onde sai.

28-11-00

Questôes

Batatinha quando nasce
Se esparrama pelo châo.
E se fossem uvas
Que sentido
Teria a frase então?

07-12-00

Vida nova

Pedaços do que deixei cair
Não encontro mais
A onda apaga
O meu caminho de volta
O instinto me guia
Me leva
Me distancia de tudo que fui
Meus passos me levaram
Mais rápido onde não quis ir
Meus braços não me ergueram
Quando cai
Meus olhos só viram
O que deixou de existir
Continuo, passos curtos...

16-10-2000

Lutas

Ouviram do Ipiranga
Um grito brando!
Independência ou Morte!
Haveria coragem em um homem franco?
Ou dependeria da pura sorte?
E assim se foi, como no puro
Pensamento da imaginação
De um mundo distante
Que naquele instante
Lhe diria qual seria o campeão.
Para lutarmos, temos que deixar
O que mais gostamos
Porque se morrermos
Ele morrerá conosco.

05-11-1998

segunda-feira, 28 de julho de 2008

...as sombras

a tarde vai cedo e esconde o cedro
e as folhas caem, obedecendo o vento
e o vermelho vai vencendo o azul
e a escuridão a luz

a estrela maior vai deixando seu reinado
e seus raios as sombras
a grama ainda quente se transforma
aguardando o orvalho que vai chegar

as misturas, ainda opostos, são iguais
e são puros os aromas de boa noite
e puros os cantos e sons noturnos
e eterno um simples momento curto

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Pouco,...

Mania minha, e se repete
Até que alcance a rima
Ou rime o verso
E seja a prosa seu par.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Mágico...

Belas as luzes, velas...
As velas e o vento,
O vento nelas,
Me leva o ar e me lava o mar...
E me encanta!

A falta e a ausencia, e a solidão
E o silêncio meu abraço
No quadro mágico e vivo
Meu mágico e vivo quadro,
E me distraio!

Me completo ao fazer parte,
e me desprendo por completo
Leve-me, sou seu!
Deixe-me ser,
Contigo, um só.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Notas

Não serão belas histórias
Que me farão parar de sangrar...
Nem momentos bons
Quem me livrarão da morte.
Muito menos vai me trazer sorte.

Não seria o humor a minha prosa?
Nem o rancor minha poesia?
Muito menos a dor minha rima!
Falácia, vazia e muda, morta...
Entre sem esquecer de rimar a porta.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

tempo

Esqueçam a HORA e deixe o tempo,
o relógio ficou em casa, e o tempo.
Fujam de mim os ponteiros
e todas as suas engrenagens,
desamarem a pressa e a saudade
e leve no bolso somente o agora.

Agora seremos, Sós, seremos Nós...
Por um sempre instante agora,
Por um longo e breve sonho.
Pra sermos Só Nós,
Eu em algum tempo agora.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Overdose...

Malaco, melancolia, sou...
Disfarço, com meu escudo enfrento...
Todo um mundo e sozinho,
Deixo as pegadas da história,
Fácil de entender pra não ser...

Não ser difícil de explicar,
e nem difícil de achar.
Quem quiser pode seguir
e acompanhar o que faço, e
ouvir o que fiz ou cantar,
cantar comigo os causos...

Inventar, descobrir, recriar
tudo isso que ta pronto de imediato.
Quero a overdose,
Do riso quero gastar tudo...
Estar solto pra vida
e livre, livre pra morte.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Agora pode...

Pode chover, fazer sol e ate nevar...
Pode ser mais cedo, mais tarde ou ate atrasado.
Podia ser menor, mais cheio ou pela metade,
Azul, verde e branco ou só amarelo.
E se fosse barato, de graça ou trocado?
Se pudesse pegar, só olhar de longe, levar pra casa!
Um pouquinho mais, exagerado e também quase nada...

Ainda sim seria areia, mar e brisa...
Nuvem de algodão e mato bem verde.
Sol e chuva, guarda-chuva...
e também óculos escuro.
e saudade, e vontade de voltar.

sábado, 1 de março de 2008

Tempero baiano...

Vou colocar mais horas no prato.
Mais ordem, mais perdão que alho...
Escorrer a maldade, deixar secar o ódio,
bem passado quero a saudade e o abraço,
salpicados com pedaços de carinho.

Separe a sorte e a salsa, o samba e a valsa.
E a boa música em conserva, use-a.
Misture bem o humor com o cansaço,
a dor com as boas lembraças,
use as cores, coma com os olhos...
Use cheiro verde e cheire.

Coloque no forno a chatice,
com um pouco de mau humor,
jogue por cima a solidão,
esqueça até o cheiro ficar bom.
Chame bons amigos e saboreie...

Saboreie boas lembraças e risos,
deixe o riso perfumar a casa
pra que o tempero adoce a vida...
e a sua vida tempere o mundo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

...

Parece q o tempo parou,
as coisas nem mudam mais de lugar,
e a folha nem cai, e o vento nem leva,
e nem o pneu q furou se esvaziou,
num vazio imcompleto e estatico, vou...
vou, esperando passar, pairar no ar.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Sobrou...

Pra quem serei eu!?
Pra quem terei que me sacrificar?!
Minha morte, meus caminhos, vão pro mesmo lugar...
Meu lugar, me perco e me atropelo,
Me estrapolo, sem compromissos,
Sem fronteiras, omisso...

Meu compromisso, alguem tem ver com isso!?!!
Meu rótulo eu mesmo faço,
Minha dor sinto sozinho,
A cicratiz os outros só veem depois q cura...
Só uma passoa serve para o sacrifício,
Na maioria das vezes, você...